domingo, 8 de abril de 2012

Aqui tudo me faz pensar. Porque eu só estou bem onde não estou, já dizia o Variações!
Tempo...
O tempo passa, e o mundo avança, e não espera. Podia esperar por mim... Mas não gosto que esperem por mim.
E o mundo avança. E eu ganho coragem, mas ele não espera e avança e avança e avança...
A infância ainda me persegue. O passado persegue-me. O presente deixa-se levar e ignora o futuro. O futuro cobarde, com medo das decisões.
As coisas que acontecem, aconteceram, sem minha interferência, interferem agora no presente. Ai o presente! "The gift!"
Uma prenda que devemos desembrulhar com expectativa e não com receio...

sábado, 3 de março de 2012

As loucuras de uma noite. As loucuras de várias noites. Vários meses. Várias loucuras. Sempre as mesmas.
Loucuras do passado, que podiam ser do presente. Se a vida fosse sempre a mesma. A vida muda. As loucuras também. Às vezes permanecem. Ou pelo menos a vontade.
As pessoas também mudam. Por muito que me custe admitir. Mudam. Não mudam muito. Mas mudam ligeiramente. Talvez a verdadeira essência nunca mude. Um dia vou descobrir isso...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não é fácil como nos filmes

As pessoas gostam de dizer que o amor isto, o amor aquilo. Como se fosse sempre igual. Os sentimentos são sempre diferentes. Nunca gostamos da mesma maneira desta amiga e daquela. Uma mãe de certeza que não gosta da mesma maneira dos vários filhos. Uma mulher não gosta duas vezes da mesma forma, de homens diferentes. Por vezes nem gosta duas vezes da mesma forma do mesmo homem.

Os sentimentos são sempre diferentes. Mas podemos encaixa-los em categorias. Existem os inocentes, - aqueles de há muitos anos atrás, onde o que importa é ele querer sentar-se a nosso lado nas

aulas, tive um amor assim, não correspondido, apesar de ele se sentar a meu lado nas aulas, e fui feliz, recordo esses tempos com tanta nostalgia. E a partir daí existem os mais diversos sentimentos… existem aqueles que nos marcaram tanto que mesmo que vivamos até aos 100 anos nunca os vamos esquecer, mas isso não quer dizer que esse sentimento ainda seja sentido, existe apenas nas memórias, nas recordações da primeira paixão…

Paixão essa que, talvez por ser a primeira, foi tão intensa, tão vivida, tão sentida, tão carnal, tão forte que não voltou a haver outra igual. Ou então é porque os sentimentos são sempre diferentes.

Sofremos. E caímos. E voltamos a sofrer. Levantamo-nos limpamos a cara, ajeitamos o cabelo e vamos à luta. Porque o coração é um músculo, não se parte.

Apaixonamo-nos com um simples sorriso. E aparece o amor. Um olhar, um sorriso, e nasce o amor. Parece tão simples. “É como nos filmes”. E a vida torna-se cor-de-rosa, e sonhamos quando dormimos, e sonhamos quando estamos acordados, e sorrimos sem motivo algum, é
tudo tão perfeito. Parece um conto de fadas. Mas não é um filme, é a vida real. E na vida real só amor não basta. Porque eu não sou daquelas tontas que acha que só amor chega. Não chega. É preciso muito mais do que apenas amor para termos um final feliz, como nos filmes. E então o amor é uma treta, porque pode-se ter o amor maior do mundo por uma pessoa, sentir até que é a sua alma gémea, que foram feitos um para o outro, mas se apenas existir amor não resulta...

E aí dói muito. Aperta. Magoa. Rasga-nos o coração, jorra sangue. Achamos que vamos morrer. Mas não morremos. Enchemo-nos de coragem e suturamos as feridas. Com o tempo elas saram. E seguimos…

E uma noite! Ou uma tarde, ou manhã… um dia sem que estejamos à espera conhecemos alguém, alguém que nos faz sentir borboletas no estômago, sem que nos dê tempo para percebermos o que de facto está a acontecer, sem percebermos porque está a acontecer. Mas a verdade é que acontece, até os mais racionais têm amores sem explicação. Afinal dizem que o amor não se explica. Dizem! Eu não acreditava muito nisso, porque para mim tudo na vida tem uma explicação… mas talvez haja mesmo aqueles amores arrebatadores sem explicação…

Duvidamos. Questionamo-nos. Sofremos. Sonhamos. Acreditamos. Duvidamos. Lutamos. Perdemos uma batalha. Mas sabemos que podemos vencer a guerra. Basta querer. Basta não haver apenas amor.

Porque os sentimentos são sempre diferentes, mas a determinação com que os encaramos tem que ser sempre mais do que muita.

Só assim venceremos.