quinta-feira, 16 de julho de 2009

Minha querida...

Lisboa, 16 de Julho de 2009

Sentada à mesa da cozinha olho pela janela aberta, vejo o meu horizonte repleto de luzes, é assim em Lisboa, existe vida a cada horizonte que se olhe, consegui - Eu nasci para viver aqui! - no entanto, pela primeira vez questiono-me - será que fiz a opção certa? Onde estão as pessoas que me acompanharam durantes este anos todos? A maior parte delas longe, cada vez mais longe... Pergunto-me se não será um preço demasiado alto a pagar pela realização de um simples sonho. Não devia ser assim, as pessoas que estiveram conosco até à realização dos nossos sonhos deviam ficar, permanecer, estar sempre presentes. Eu sei que por vezes é dificil, cada um tem que lutar pelos seus sonhos, mas o que nos tornamos quando os realizamos e o passado fica somente no passado? E se o sonho fosse Tóquio, do outro lado do globo? Teriamos que ir sozinhos? Conseguiria eu vir para Lisboa se soubesse que corria o risco de perder uma das pessoas que mais amo na vida? Uma das pessoas que está comigo quase desde que aprendi a falar? Eu sei que corria esse risco, não por vir viver para Lisboa, mas por tu também entrares numa nova fase da tua vida, um sonho teu...
No fundo todos nós procuramos a realização dos nossos sonhos, mas será que pensamos nas dificuldades que isso pode acarretar? A minha resposta é NÃO, não, não pensei nisso! Mas e se tivesse pensado, isso mudaria alguma coisa? Agora já não sei responder...
Olho pela janela, olho o horizonte, mas no horizonte que eu olho não existe pessoa alguma que faça parte de mim.
Estou disposta a por todas as amarguras de lado e enfrentarmos os nossos destinos unidas, queres?

Com amor,
Helena Antunes.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

...às vezes é melhor fugir!

Um dia vem uma tempestade e tráz o lixo da cidade para a nossa porta, suja-nos o jardim com as folhas secas amontoadas na relva verde, e uma rajada mais forte parte os vidros das janelas, e se for uma daquelas tempestades enraivecidas arranca as janelas e abre as portas, deixando-nos vulneraveis á furia da tempestade.
Depois a tempestade passa, e fica o trabalho dificil - organizar o que a tempestade estragou. Temos que apanhar o lixo dos outros que veio parar á nossa porta, apanhar as folhas secas e mortas que nos estragam a relva verde, temos que fechar as janelas e as portas da nossa casa, o que por vezes se torna mais complicado do que estávamos á espera...
E quando finalmente conseguimos reparar os danos causados pela tempestade, vem um sismo e treme tudo...

sábado, 27 de junho de 2009

Esta coisa de gostar de alguém

"... Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem ” ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem ” ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem ” ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam – vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós." Fernando Alvim

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Diz-me!

Na azáfama que é a cidade que eu escolhi para vir viver, tem dias que não tenho tempo para me lembrar de ti, e tu também não fazes nada para que o contrário aconteca. No entanto, quando a azáfama acalma tu assaltas-me o pensamento como que de sobressalto. Qualquer gesto que faça, por mais simples que seja, me faz relembrar de ti. Sorris meio tímido, nesse teu jeito acanhado que acabou por me conquistar. Gosto tanto quando sorris para mim... E dou por mim a imaginar que talvez tudo fosse perfeito se tu também estivesses na azáfama da cidade que eu escolhi para viver. Deixaria de existir essa coisa que se conta em muitos quilómetros e a que alguns chamam de distância. E tudo se tornaria mais fácil. Como gostava de passear contigo á beira rio, ir colina acima descobrindo lugares encantadores, e nas noites mais agitadas divertirmo-nos num dos bairros mais conhecidos da cidade. Rir contigo, rirmo-nos juntos. Sermos felizes juntos. Porque tenho saudades de te sentir perto de mim, saudades que os teus lábios procurem pelos meus e neles depositem um beijo carregado de saudade, um beijo verdadeiramente apaixonado. Diz-me que tu também sentes saudades, e isso fazerme-á feliz!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Surpresas boas...

Porque é quando as relações chegam ao fim que conseguimos ver com clareza as coisas positivas e negativas de um envolvimento. Por vezes temos agradáveis surpresas e percebemos que o saldo positivo é largamente maior que o saldo negativo, que por vezes é quase nulo. Embora demoremos a perceber, um dia acontece algo e percebemos que a compreensão, a sintonia, a cumplicidade, a dignidade que envolvia duas pessoas foram fortes, e isso acarreta um saldo incrivelmente positivo. Porque os sorrisos foram magnificamente mais que as lágrimas. Porque a maioria dos sonhos foram tornados realidade, sendo por vezes a realidade mais fantástica que os sonhos. Porque cada fotografia guarda a loucura que os unia, cada sorriso pleno de felicidade. Porque por mais que a vida avance e os leve em direcções opostas, no coração de cada um ficará um bocadinho do outro, um bocadinho muito especial.
Porque finalmente se percebe que de facto cada adoro-te pronunciado tinha significado.

domingo, 31 de maio de 2009

Acabou.
15.10.2005 / 31.05.2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"O que me rouba não são as palavras, mas sim os significados complicados que elas trazem consigo.
...

Fácil. Fácil. foi dar o passo decesivo. Foi chegar. Aprender o teu cheiro. Sentir a tua pele. Deslizar no teu corpo. Soborear o teu beijo. Confiar no teu abraço. Entregar-me ao teu desejo. Possuir-te. Ser possuida. Ouvir as tuas palavras quentes no meu ouvido. Soltar as minhas bem junto ao teu. Misturar os nossos gemidos de prazer. Fácil...
A parte dificil é deixar-te ir. Esquecer a intensidade do teu abraço, o gosto do teu beijo, o calor do teu desejo. É dizer que não quando quero dizer mil vezes sim..é fechar a porta quando tudo o que mais quero é mantê-la aberta, é dizer-te até nunca mais apesar do meu coração ansiar por um "ate já". " in sexo off the record

segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Meto as maos nas algibeiras e nao encontro nada.
Antigamente tinhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar." Eugénio de Andrade

terça-feira, 31 de março de 2009

Adoro... ou adorava!?

“ - Estás a pensar no que vais escrever?, já não sei o que estava a pensar no preciso momento em que me perguntas-te isso, mas provavelmente estava a pensar no quanto me sinto bem quando estou contigo, e o quanto adoro estar contigo…
…adoro sentir o teu corpo ali bem perto do meu, sabendo que a qualquer momento estará juntinho ao meu…
adoro sentir as tuas mãos percorrerem o meu corpo, e sentir o teu desejo…
adoro quando tocas o meu rosto com as tuas mãos, como se nelas quisesses guardar o meu retrato…
adoro quando os nossos lábios quase se tocam e ficamos a sentir a nossa respiração...
adoro a sensação de que os teus lábios estão tão próximos dos meus, mas não se tocam, até que por fim cedemos á paixão, á vontade, ao amor, ao desejo e nos beijamos ardentemente…
adoro sentir a tua pele colada á minha...
adoro sentir-te ali, ao meu lado, junto a mim, dentro de mim… e depois quando chego a casa gosto de me olhar ao espelho e ver o meu brilho nos olhos...
adoro sentir o teu cheiro no meu corpo...
adoro sentir o teu amor a sair de dentro de mim…
…e agora também gosto de me despedir de ti, confesso que antes detestava, tinha medo que aquela fosse a ultima despedida, que aquele fosse o ultimo beijo, que aquele fosse o ultimo olhar, e agora já não tenho esse medo…
Existe uma infinidade de coisas que eu adoro...assim como também existem coisas que eu odeio…
Adoro o teu lindo sorriso…"
Helena Antunes 15.01.2007

....

Como o tempo passa, e como algumas coisas mudam...

domingo, 29 de março de 2009

...



Continuo sem perceber...

Defeito meu ou teu?

terça-feira, 17 de março de 2009

Ao sabor do Tejo!

Passeio á beira Tejo. Brisa do Tejo. Agitação do Tejo. O sol de Lisboa.
Queria-te comigo, a meu lado. Sorrir para ti, sorrires para mim, o nosso sorriso junto. Olhar para ti, olhares para mim. Aquele nosso olhar de cumplicidade, aquele desde o primeiro instante. Na Serra, bem longe da brisa do Tejo, na Travessa da Saudade. É de veras interessante o nome da rua onde nos conhecemos – Travessa da Saudade – onde nos olhamos pela primeira vez, onde sorrimos juntos e onde, desde logo, nasceu a nossa cumplicidade. Saudade, esse sentimento estranho que se sente quando estamos longe de quem queríamos que estivesse a nosso lado, seja num jardim de Belém, numa rua na encosta da Serra, na cidadezinha onde nascemos ou em qualquer parte do mundo.
Porque a teu lado sou feliz, como nunca o fui antes, porque a teu lado sou eu própria, porque contigo tudo é simples…excepto a distância. Talvez a palavra que mais detesto nos últimos meses, distancia que nos separa, distancia que nos mantém longe e torna tudo mais difícil. A distancia que faz com que a rua onde nos conhecemos faça todo o sentido. Porque tem que ser assim?
Perdoa-me se da última vez falei de mais, perdoa-me por tudo… deixa-me mostrar-te o que realmente quero.

Deixas?

sexta-feira, 6 de março de 2009

“ Deste-me tudo o que tinhas
Porque te pedi o nada que era teu
Em troca dei-te o vazio da distância
Porque o teu mundo encantado não era o meu. ”

Parte de um poema que li algures, não podia ser mais apropriado...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Fica Comigo Esta Noite

“Posso ter inventado tudo, menos o fulgor perfeito dos nossos corpos juntos. Uma vida inteira não basta para apagar da pele o peso magnífico desse fulgor.”
“Pendurava-se das janelas verdes do museu a contemplar a dança da luz sobre o rio e falava interminavelmente. Parecia-lhe que ele quase nunca a ouvia, o que lhe dava vontade de ser sincera. Tão sincera que começou a depender dele para se conhecer a si própria.”
“Não sei quanto tempo passou desde que te comecei a acariciar a mão muito devagar. Fizemos amor em silêncio, não encontro outra forma de o dizer, fazer sexo é demasiado fabril, ter relações sexuais soa a livro de educação, mas a verdade é que agora dizer que fizemos amor tem demasiado peso, como se estas palavras estivessem a ser aspiradas para um sítio excessivamente escuro e sério dentro de nós, através do movimento do teu corpo no meu. Acordei sobre o teu umbigo imóvel, sorriste mas continuaste calada, um fio de água brilhava no teu rosto.”
“Não há portas para os territórios familiares da dor, não há como conter a violência dentro do ninho de uma pertença. Há apenas a dor, cintilando como um clarão no chumbo do céu, chuva de estrelas cadentes sem Historia nem mártires reconhecíveis. Porque há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Mesmo para quem, como eu, nunca soube escavar até ao fundo dessa gruta negra, trans-siberiana, húmida, universal, a que chamamos coração.” in Fica Comigo Esta Noite, Inês Pedrosa

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O vento sopra lá fora. Ela gostava de noites assim, tempestuosas. Aninhada algures num cobertor quentinho, em casa. Na casa dela, onde se sentia protegida. Hoje está longe, e hoje não gosta da ventania que se faz sentir na cidade, lá fora. Sente-se sozinha, desprotegida. E os pensamentos não ajudam. Porque á dias em que não é bom revisitar o passado. Pior ainda perceber todos os erros que esse passado transporta para o presente, mais drástico ainda o que levará para o futuro. Não que ela esteja arrependida. Não. Jamais. Nunca! Esse passado faz parte dela, do que ela é hoje. Seja numa cidade pequena no interior, seja numa cidade grande perdida na Europa. Ela será sempre ela, não mais isto ou menos aquilo, será assim, aqui e agora. Algures perdida no tempo…
Porque depois de todas as desilusões sofridas e causadas ela ainda sonha. Continua a sonhar. Porque ambiciona ser ainda mais feliz. Porque a felicidade será sempre a meta, seja ela qual for.
Se não fosse tão orgulhosa, se por vezes não tivesse tanto medo de mostrar os sentimentos, se por vezes não acha-se que ama mais do que é amada. Hoje diria que ama aquela amiga que lhe virou as costas, ou àquela que está distante, ou àquela que tem medo de a perder, ou àquela que quer que fique do lado dela para sempre, diria àquele amigo que está distante que tem saudades das loucuras que faziam juntos, ou àquele que se afastou que sempre sentiu a falta dele, diria á tia que a desiludiu, diria á sua mãe que a ama acima de qualquer coisa, diria ao seu pai que apesar de tudo tem muito orgulho nele, diria á sua avó que tem medo, muito medo de quando ela partir.

Porque á dias que realmente percebemos que á pessoas que não valem a pena. E vale mais tarde do que nunca!

Parece que a pita cresceu.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Avózinha tenho medo.
<3




:'(

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Um dia. Um dia! Um dia… Às vezes parece que tudo se resume a isso. Um flash aqui, outro ali, um naquele momento! O momento. O momento por que esperei. Meses! Sentimo-nos bem. Parece que tudo parou á volta. Aquele abraço apertado. Aquele que me faz sentir especial, como se de facto o fosse.
Esqueces-te que já nos encontramos. Algures. Lá atrás. Se um dia nos encontrarmos. Como se fosse possível desencontramo-nos. Como se fosse possível. Quase parece um absurdo! Tantos porquês, que se resumem a uma resposta fácil. Simples até. Talvez possa haver muitas coisas que eu não sei, acredito! O que é quase ridículo! Mas também á muitas coisas que tu não sabes, talvez até nunca venhas a saber.
Talvez também te encontre. Basta teres vontade. Mostrares-me essa vontade, que estupidamente ainda acredito que existe.
Porque eu, ao contrário de ti, cheguei a reclamar da Lua… E peço desculpa por isso.
Gostar. Lembrar. Matar saudades. Porque às vezes quase que acredito que o dia que não fores convidado estarei morta. E é tão estúpido, tão ridículo, tão absurdo.
E tudo fica diferente, incluindo eu. Mesmo assim, às vezes, quase acredito que te amo.
Até um dia…

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Um abraço, o abraço que só ele lhe sabe dar, aquele abraço. As palavras não acreditou nelas. Queria acreditar, mas ja não consegue...